HISTORIANDO - CEd Stella
A Era Vargas
O golpe: deposição do presidente Washington Luís; alteração do cenário político, com a supressão da hegemonia até então apreciada por oligarquias agriculturas de São Paulo e Minas Gerais
Getulio Vargas – Revolução de 30 – fim da república velha
Antecedentes Históricos: cenário econômico desfavorável (reflexos da crise de 29); crise do setor cafeeiro, falência de fazendeiros; desemprego nas cidades; Brasil agrário, dependente do setor cafeeiro; sistema político fraudulento; domímio das oligarquias rurais
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No Plano Político: grupos aliados: classes médias, a burguesia urbana, as oligarquias dissidentes, banqueiros, industriais e militares formavam outra configuração política.
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Estado intervencionista e centralizador
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Revogação da constituição de 1891, com o objetivo de estabelecer de uma nova ordem constitucional;
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Dissolução do Congresso Nacional; eliminando todos os órgãos legislativos, como estadual, federal e municipal.
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Governa por decretos-leis
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Intervenção federal em governos estaduais, interventores (tenentes); A diminuição do poder dos governantes dos estados, que minimizava as influências políticas regionais e aumentava o seu próprio poder de intervenção; diminuição gradativa do poder das oligarquias
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política econômica continuísta: valorização do café; preocupação crescente em acelerar a industrialização
Três fases sucessivas:
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Período do Governo Provisório (1930–1934) – reorganização política, centralização do poder, forte presença dos tenentes no governo, reação das velhas oligarquias paulistas.
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Revolução constitucionalista de 1932
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Setores conservadores x forças reformistas
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Reformistas: voto secreto, moralização das eleições, leis sociais, diversificação da economia, educação pública e obrigatória, estatização da economia
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Constituição de 1934 aprovassem a adoção de eleições indiretas para o primeiro mandato presidencial.
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avanços no que ser refere à legislação aos trabalhadores (Criação do Ministério do Trabalho Indústria e Comércio e a Lei de Sindicalização, controle dos sindicatos). O presidente tinha a consciência de que as revoltas e manifestações trabalhistas poderiam abrir as portas para o ideal comunista. Nesse mesmo período, o PCB – Partido Comunista Brasileiro foi proibido, determinado com ilegalidade.
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Período da constituição de 1934 (quando , na sequência da aprovação da nova constituição pela Assembleia Constituinte de 1933-1934, Vargas foi eleito pela assembleia ao abrigo das disposições transitórias da constituição como presidente, ao lado de um poder legislativo democraticamente eleito)
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duas tendências políticas que marcaram essa época:
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Aliança Nacional Libertadora congregava membros da esquerda, militares e outros simpatizantes de suas ideias voltadas para o âmbito da justiça social. Favorável à reforma agrária, a luta contra o imperialismo e a revolução por meio da luta de classes.
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- Ação Integralista Brasileira abraçava o discurso totalitarista que tomava espaço na Europa e logo abraçou algumas alas militares, grupos conservadores e setores políticos de esquerda.
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Período do Estado Novo (1937-1945), que começa quando Vargas impõe uma nova constituição, em um golpe de Estado autoritário, e dilui o congresso, assumindo poderes ditatoriais com o objetivo de perpetuar seu governo.
A instauração do Estado Novo no governo Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937 inaugurou um dos períodos mais autoritários da história do Brasil.
Inspirado no fascismo italiano e no salazarismo português, o novo regime foi marcado pelo autoritarismo, pela supressão das liberdades individuais e pela forte intervenção estatal.
A justificativa dada por Vargas para a instituição do regime foi a necessidade de impedir um “complô comunista”, que ameaçava tomar conta do país, o chamado Plano Cohen, que foi depois desmascarado como uma fraude. O presidente também queria aplacar os interesses partidários que dominavam a disputa eleitoral.
Nessa ocasião, Vargas anunciou a nova Constituição de 1937, que suspendia todos os direitos políticos, abolia os partidos e as organizações civis. O Congresso Nacional foi fechado, assim como as Assembléias Legislativas e as Câmaras Municipais. Para divulgar as ações do governo e censurar os meios de comunicação, Getúio criou o Departamente de Imprensa e Propaganda (DIP).
Por outro lado, o Estado Novo foi marcado por avanços nas políticas sociais e econômicas, como a nova legislação trabalhista unificada na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O período marcou também o auge do populismo, e o atrelamente do Estado aos sindicatos.
Na economia, houve a ascensão da industrialização, de 1933 a 1939, na qual se viu a produção insdutrial crescer aproximadamente 11% ao ano.
em: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/resumo-de-historia-o-estado-novo-na-era-vargas/
O Brasil na Segunda Guerra Mundial
Como foi a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial?
Por: Renata Costa
No dia 1º de setembro de 1939, as forças nazistas alemãs de Adolf Hitler invadiram a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. O Brasil passou a participar do conflito a partir de 1942. Na época, o presidente da República era Getúlio Vargas.
A princípio, a posição brasileira foi de neutralidade. Depois de alguns ataques a navios brasileiros, Getúlio Vargas decidiu entrar em acordo com o presidente americano Roosevelt para a participação do país na Guerra.
Embora a história dos pracinhas - diminutivo de praça, que é soldado - seja ainda pouco comentada no Brasil, Marcus Firmino Santiago da Silva, coordenador do curso de Direito da Escola Superior Professor Paulo Martins, do Distrito Federal, e estudioso sobre a Segunda Guerra, afirma que a participação brasileira foi muito importante. "O apoio do Brasil foi disputado na Segunda Guerra. De forma um pouco velada por parte dos países do eixo (Alemanha, Itália e Japão) e de maneira clara pelos aliados, especialmente os norte-americanos, além da Inglaterra e da França", afirma.
O primeiro grupo de militares brasileiros chegou à Itália em julho de 1944. O Brasil ajudou os norte-americanos na libertação da Itália, que, na época, ainda estava parcialmente nas mãos do exército alemão. Nosso país enviou cerca de 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira (FEB), e 42 pilotos e 400 homens de apoio da Força Aérea Brasileira (FAB).
Os pracinhas conseguem vitórias importantes contra os alemães, tomando cidades e regiões estratégicas que estavam no poder destes, como o Monte Castelo, Turim, Montese, entre outras. Mais de 14 mil alemães se renderam aos brasileiros, que também ficaram com despojos como milhares de cavalos, carros e munição.A ação dos pracinhas não foi fácil por vários motivos. O primeiro, porque o treinamento recebido no Brasil e nos Estados Unidos não era muito próximo à realidade da guerra que encontraram. Os soldados não estavam habituados ao clima frio dos montes Apeninos, que atravessam a Itália e nem acostumados a lutar em local montanhoso. Só na batalha do Monte Castelo, houve mais de 400 baixas entre os brasileiros.
"Além disso, foi fundamental para o esforço de guerra a cessão de bases navais e aéreas no território brasileiro. Um desses locais que teve participação decisiva foi Natal, no Rio Grande do Norte", afirma o professor. A capital potiguar serviu como local para abastecimento dos aviões de guerra americanos e base naval antissubmarinos. Com o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, a FEB foi desfeita em 1946.
Em: https://novaescola.org.br/conteudo/319/como-foi-a-participacao-do-brasil-na-segunda-guerra-mundial